quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Ativ2.2-Diálogos sobre as gerações

Cibercultura trata da tecnologia e da vida social, diálogos contemporâneos frutos de uma nova relação cultural. Esse novo contexto nasce a partir de inter-relações culturais (sociedade, tecnologia e educação) associadas a uma sociedade em constante mutação e evolução. Neste sentindo André Lemos afirma que “a forma técnica da cultura contemporânea é produto de uma sinergia entre o tecnológico e o social” (2007a, p.15). O tecnológico e o social se entrelaçam nas tramas da rede na vida social que se constrói a partir e através das novas tecnologias. A cibercultura passa a ser compreendida como a cultura contemporânea marcada pelas tecnologias digitais na sociedade, na economia e na educação. Diante do contexto presente surgem novas perspectivas do uso das tecnologias na educação, baseadas num processo de transformação estrutural que se configura a partir dessa revolução tecnológica em torno da informação/comunicação. Vivemos, portanto, numa sociedade em rede que é palco de transformações, informatizações, globalizações. Trata-se do que Castells (1996) denomina de nova sociedade informacional, indicando o impacto das TICs na interação com o sistema social. Nessa interação percebemos e constatamos a cibercultura – a emergência informacional da conexão e interação na nova estrutura contemporânea. Deste modo percebemos o desafio em possibilitar o diálogo entre a tecnologia, sociedade e educação na contemporaneidade. Este desafio está posto e precisa superar os paradigmas vigentes para possibilitar novas interações, aprendizagens e adaptações dos sistemas atuais da sociedade em diálogo com as tecnologias na educação. Em meio aos novos desafios do homem moderno, a informática e as novas tecnologias de comunicação se firmaram como agentes facilitadores do cotidiano, atingindo de um modo geral todas as camadas da sociedade, independente de sexo, faixa etária ou classe social .Hoje em dia, quem não sabe mexer em um computador está fadado ao atraso profissional e porque não dizer a um atraso também no estilo de vida, se vendo presas as amarras de uma época pré-histórica e excluído da era digital dominada pelas lan houses, cibercafés e cyber offices. Parece que as crianças e os adolescentes já nascem com um manual de instrução de como navegar na internet, jogar games online, participar de chats, utilizar e-mails, enfim, toda a parafernália que acompanha as tendências da cibercultura. E devido a todo esse avanço, a esse abuso excessivo, que diversos profissionais vêm discutindo os benefícios e malefícios da internet e da tecnologia em relação ao desempenho na escola, a saúde física e mental dessas crianças e adolescentes. A inclusão dos jovens através da tecnologia da informação visa recriar estratégias democráticas que melhor se adéqüem ao desenvolvimento da cidadania. A inserção cultural através das redes de saberes proporcionadas pelo ambiente da informática é o que os estudiosos chamam de ciberespaço. Essa inclusão pretende favorecer a implementação do uso das tecnologias da informação e comunicação no ensino, na pesquisa e na extensão. Busca a convergência de base tecnológica que possa permitir a criação de um extenso leque de aplicações de pressupostos da educação, da informação, da informática e da comunicação na construção de conteúdos educacionais. A educação, do ponto de vista sociológico, deve ser voltada à integração social do indivíduo. A escola teria como fim o social, tanto no que se refere à adaptação do indivíduo à sociedade quanto no sentido de sua transformação. O homem se humaniza pelas relações que estabelece com o mundo e com os indivíduos num processo histórico e social. Essas dimensões da natureza humana fundamentam as teorias educacionais com relação ao conteúdo, métodos de ensino, relação professor e aluno, objetivos educacionais, papel do professor e outros fatores. No contexto educacional brasileiro, de acordo com diversos critérios, procura-se sistematizar as correntes pedagógicas a fim de se tornarem instrumentos de análise da prática educativa. Assim, tenta-se desvendar se a cibercultura, mais especificamente a linguagem utilizada, principalmente, pelos jovens no ambiente da web, produz de saberes, habilidades, competências, valores, atitudes e comportamentos, midiatizados por essa nova tecnologia, aos que frequentam tais ambientes. Essa nova forma de comunicar-se, criada e desenvolvida pelos internautas, destaca-se especialmente nas salas de bate-papo virtuais (chats), nos site de relacionamento, como o Orkut e nos programas de conservação como Microsoft Network Live Messenger (MSN). Sem a pretensão de generalizar o assunto, esse trabalho tentará permitir a identificação de que o contexto ora apresentado possibilita um espaço de aprendizagens, mesmo com o descompromisso dos jovens com a norma culta. Pois cria um contexto cultural peculiar à linguagem de máquina, através das abreviaturas e gírias inerentes a cada tribo. O cultural é aqui entendido dentro de uma nova visão tecnológica, que perpassa todos os âmbitos sociais onde se fazem e refazem novas sociabilidades e identidades. Isso é feito respeitando-se pluralidades e singularidades, ou seja, propiciando um espaço de construção de saberes - aberto, autônomo, que tem a ver com o lúdico, o prazer, o subjetivo, a simulação.